Outros detalhes de desenho que podem influenciar estão ligados à distinção dos caracteres entre si e a facilidade de reconhecimento dos mesmos.
Existe uma forma históricamente determinada que o olho reconhece como uma letra [token] determinada. Essas formas mudaram bastante conforme o tempo e conforme as mudanças na tecnologia de impressão. É sabido que tipos considerados hoje ilegíveis como os blackletter eram considerados mais legíveis que tipos mais humanísticosentre os séculos XI e XV. Assim, a legibilidade também está sujeita ao costume.
De qualquer maneira, o tempo passou e hoje os caracteres latinos se consolidaram como estrutura básica do alfabeto ocidental, Com predominância de letras minúsculas na escrita.
Esses caracteres são reconhecidos por associações determinadas de traços, que possibilitam a identificação de cada signo, mas podem ser encontrado em uma grande variedade de estilos e certamente podemos reconhecê-los quase todos, mas apesar disso alguns tipógrafos acreditam que existe uma estrutura básica da letra onde os tipos mais legíveis se encaixam (ver desenho) e que qualquer inovação radical causa estranhamento e rejeição por parte do leitor.
Mas sabemos que o alfabeto latino não é tão legível quanto é possível, e já houveram algumas tentativas de redesenho do alfabeto de modo a tentar tornar os caracteres mais distintos entre si. Seguindo esse caminho, alguns tipos que distoam da estrutura básica da letra podem ser tão legíveis quanto os mais comuns, como é o caso da Rotis, da AGFA, que possui caracteres bem distintos e mesmo assim é legível.
Com o desenvolvimento da informática, houve a necessidade de reconhecimento óptico de caracteres por máquinas, isso trouxe a necessidade de redesenho. Para o reconhecimento óptico, os caracteres tinham que ser o mais distintos possível.
o tipo OCR-A foi desenvolvido por engenherios para equipamentos de reconhecimento ótico (Spencer, 1969)
o tipo OCR-B foi resultado de uma parceria entre engenheiros e o designer Adrian Frutiger para atender tanto às necessidades dos equipamentos de reconhecimento ótico quanto servir a demais propósitos (Spencer, 1969)