Fatores subjetivos

Neutralidade

“Typography must de clear—at its best virtually invisible!” (Weildon)

“Typography is the efficient means to an essencially utilitarian, and only acidentally aesthetic, end, for the enjoyment of patterns is rarely the reader’s chief aim”

“... any disposition of printing material which, watheaver the intention, has de effect of coming between author and reader, is wrong” (Stanley Morison em Weildon)

Esse ponto de vista radical do tipógrafo inglês é bastante radical, mas reflete uma visão de que o papel do designer é manter as coisas da maneira mais clara com o mínimo de interferência possível. Beatrice Warde e sua metáfora da “redoma de cristal” comparava a tipografia com um recipiente tranparente, que não adiciona nenhuma cor ao sentido do autor, dessa maneira, os tipos deveriam ser naturais e discretos, e não deveriam ter nenhuma personalidade ou maneirismo e as linhas deveriam ser colocadas de maneira a fazer o olho deslizar suavemente pelo papel.

Uma das maneiras de conseguir isto era, por exemplo, compor de acordo com o período da peça, fazendo livros alusivos. Outros acreditam que a neutralidade é conseguida sem alusão, apenas compondo com discrição e usando fontes sem serifa.

De qualquer maneira, existe uma discussão muito antiga a respeito do que é neutralidade, e acima de tudo, se neutralidade é possível.

Essa questão nos remete a algumas questões de semiótica, que é a quantidade de significados ou interpretações possíveis de uma imagem. Um design neutro, é aquele que faria com que o texto fosse uma imagem monosêmica,ou seja, teria apenas um significado, ao invés de polisêmica. A discussão era então sobre a possibilidade de atingir essa meta, e nesse processo entram algumas teorias matemáticas aplicadas ao design.

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© Ariane Stolfi, CNPQ, 2002